Enquanto estava andando, simplesmente caminhando, flanando, pensei em algo um tanto quanto alusivo à vida.
Caminhava de cabeça baixa, pensando, resgatando da mente alguns momentos e lembranças, quando encontrei um chaveirinho. Nele, estava escrito: "Senhor, dai-me a graça de hoje". Foi autorreferente. Aquilo por si só valeu pela magia que me envolvia.
Indaguei: se estivesse olhando para o horizonte, ou mesmo apreciando as tênues nuvens da tarde, não o encontraria.
Isso, em termos abstratos, pode nos ensinar muito!!!
Se examinamos nossos passos e calculamos com cautela onde pisamos, podemos encontrar, quando menos esperarmos, a graça do dia! Ou mesmo da vida toda!
Se estivermos, no entanto, sempre a imaginar-se junto às nuvens, naqueles flocos de espessura delgada, embriagados pelo azul inconfundível de uma tarde de julho, podemos passar despercebidos pelo que precisávamos.
Nunca deixemos de agradecer à energia divina pelo céu, pelas nuvens, pelos pássaros. Tampouco deixemos de olhar para o caminho que seguimos e de lembrar que nossos passos existem; afinal, não flutuamos.
" A graça maior é persistir na caminhada certa".