04 outubro, 2009

Um anjo chamado Pity



Deus, como sinto falta dela. Passaram-se quase 2 meses e meu anjinho não está mais aqui comigo. Minha menina dos olhos deixou-nos. Aqueles lindos e cativantes olhos verdes, que refletiam nossa imagem, sempre a dar beijinhos no rosto dela. Acabaram-se meus beijinhos, lambidinhas ásperas, mas ao mesmo tempo irresistíveis. Cessaram-se meus arranhões, doces arranhões que eu recebia merecidamente ao incomodá-la quando não queria brincar. Aonde foi aquele sono gostoso, em que ela se punha na posição fetal, e mexia as patinhas de vez em quando sonhando com sei lá o quê? Onde está aquele olhar que nos envolvia e nos amedrontava concomitantemente? E aquela ímpar pintinha no nariz, que a fazia diferente dos demais? O que dizer então da manga preta aveludada que ela vestia dia e noite, noite e dia? Cadê a minha menininha? As lágrimas derramadas todos estes dias não são o suficiente para traduzir esta perda. Nada será suficiente para expressar a lesão da sua ausência. Era mais que uma gatinha... era a minha Pity, meu anjinho.

Um comentário:

  1. Você leu meu texto do Otto Antônio? Eu te entendo, muito! Mas vai passar, essa lei natural da vida traz com ela uma coisa sobre tranquilidade que se instala na certeza de que, onde quer que a Pity esteja, ela está em paz.

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